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Qual o Número de Repetições Para Hipertrofia?

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Qual o Número de Repetições Para Hipertrofia?

Prof. Dênis Quadros
Ms. Treino de Alto Rendimento Desportivo

Infelizmente ainda se acredita que haja  um número mágico de repetições ideal para promoção de hipertrofia, como o à formula mágica 3×10. Tais teorias sugerem a existência de um limite mágico a partir do qual a hipertrofia começa a surgir (8RM) e acima do qual ela é interrompida (12RM), como se o músculos fosse dotado de um contador implacável, que acciona os sinais de hipertrofia quando se supera a sétima repetição e os interrompendo a partir da décima terceira.

O número de repetição é apenas um factor importante, mas jamais deve ser analisado isoladamente. Para ser mais preciso, é fundamental analisar outros factores, como a cadência de execução, ênfase em determinados ângulos, acções musculares priorizadas, métodos intensivos etc. Desta forma o número de repetições não faz sentido na prescrição de treino para hipertrofia, quando separado de seu contexto geral, não esqueçam que o corpo não sabe contar, ele apenas responde aos estímulos recebidos.

Prender-se somente aos aspectos quantitativos, como números de repetições ou quantos quilos carregar, prejudica a elaboração de treinos e aprisiona o atleta em factores fragmentados que o limitam, impossibilitando-o de uma evolução mais qualitativa. O segredo não está em encontrar um número ideal de repetições, mas em manipular as variáveis de acordo com as características individuais (limitações) do atleta, e o objetivo do treino. Muitas vezes dou o exemplo aos guerreiros que por aqui treinam de 8RM em 10” não provocam as mesmas alterações fisiológicas que 8RM em 40” e 8RM com uma carga a 60 – 70% não é a mesma coisa que 8RM a 80%.

Ou seja, esqueça as receitas mágicas, esqueça o que você leu em revistas “especializadas” ou o que ouviu a cerca “ do número ideal de repetições” e esqueça as séries imutáveis, mas trabalhem sim na qualidade e dê o estímulo adequado para o seu músculo.

O sucesso tem muito a ver com o conhecimento e manipulação destas variáveis, daí a importância de ter profissionais habilitados, capacitados e experientes para lhe acompanhar.

Para consultas.

Gentil, P.; (2006). Bases Cientificas do Treinamento de hipertrofia. Rio de Janeiro: 2ª Edição: Sprint.

Bossi, L., C., (2009) Periodização na Musculação. São Paulo: Phorte Editora.

Prestes, J., Foschini, D., Marchetti, P., Charro, M. (2010) Prescrição e Periodização do Treinamento de Força em Academias.  São Paulo :Ed. Manole.

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