DÊNIS QUADROS
A artrite reumatóide (AR) é uma doença sistémica, frequentemente progressiva, de etiologia desconhecida, que se caracteriza pelo envolvimento inflamatório e destrutivo de múltiplas articulações que promove diversos graus de incapacidade funcional com uma considerável repercussão social e económica. As pessoas que sofrem deste mal frequentemente são afetadas em atividades básicas da vida cotidiana, como vestir-se, subir escadas, deitar-se e levantar da cama ou andar, o que diminui seriamente a autonomia e, por conseguinte a qualidade de vida destas pessoas.
O exercício físico e neste caso em particular o treino de força, deve ser o preferido, justo pelo qual as pessoas com AR são mais fracas e que as necessidades nesta capacidade são por norma mais relevantes e todavia o treino de força tem um importante contributo na reversão da perda de massa muscular o que é fundamental para o aumento da força e da manutenção da capacidade funcional e consequentemente da independência física.
É importante reforçar que o movimento é o melhor estímulo para uma articulação, para os ligamentos e músculos, nestes casos a terapia com exercício físico deve objetivar a preservação do movimento, restauração do movimento perdido, aumentar a força e resistência estática e dinâmica, melhorar a sensação de bem-estar e promover o condicionamento cardiovascular melhorando assim as capacidades funcionais nas atividades da vida cotidiana. No entanto, estes benefícios só poderão ser assegurados quando o programa for equilibrado e ajustado as necessidade individuais. É fundamental obter orientação por parte de um profissional capacitado e que perceba que além do processo inflamatório e álgico gerado pela AR perceba que este quadro não deverá ser agravados com a realização do exercício físico, dado que este também quando não bem doseado pode ser um promotor de inflamação.
REFERÊNCIAS
- Häkkinen, A., Sokka, T., Kotaniemi, A. and Hannonen, P. (2001), A randomized two-year study of the effects of dynamic strength training on muscle strength, disease activity, functional capacity, and bone mineral density in early rheumatoid arthritis. Arthritis & Rheumatism, 44: 515–522. doi:10.1002/1529-0131(200103)44:3<515::AID-ANR98>3.0.CO;2-5
- BALSAMO, S.; SIMÃO, R.. Osteoporose, Fibromialgia, Diabetes Tipo2, Artrite Reumatóide e Envelhecimento. 2ºEd. Phorte Editora 2005/2007
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