Prof. Dênis Quadros
Ms. Treino de Alto Rendimento Desportivo
A eletroestimulação (EE), trata-se da excitação muscular produzida por um estimulador eléctrico cuja a intensidade se regula em função da tensão desejada.
No mercado são oferecidos cada vez mais aparelhos que se propõe a cumprir os objetivos da EE, o problema nisto tudo é que nem todos estão devidamente certificados e logo a sua qualidade e fiabilidade deixam a desejar.
Podem existir algumas vantagens na utilização da EE no domínio do treino como o aumento da massa muscular e também o fato de permite treinar um músculo de forma isolada o que pode ser interessante do ponto de vista da recuperação. Outro aspecto a considerar é o reduzido stress e fadiga ao nível do sistema nervoso central, o que pode se reflectir em algumas vantagens no aumento do volume de trabalho caso isto seja necessário.
Entretanto, a contração muscular na EE é feita de forma involuntária ou seja, não está sob controlo do sistema nervoso central (cérebro). Portanto, é perfeitamente aceitável que possa haver outras diferenças entre a EE e a contração muscular voluntária; neste caso uma das principais destacada na literatura é que na EE ocorre uma alternância nos processos voluntários de contração muscular que normalmente é recrutado as fibras contração lenta (tipo I) primeiro para só depois então recrutar as fibras de contração rápida (tipo II), no entanto esta ordem é invertida na EE.
A contração voluntária para realizar um movimento é resultado de um sistema neuro-muscular incrivelmente complexo de coordenação entre excitação e inibição de diferentes neurónios motores atendendo a necessidade de que cada grupo muscular tem de assumir diferentes funções (contrair, relaxar e estabilizar) para que só assim o movimento possa ocorrer de forma coordenada e que neste caso não é possível atingir tais objetivos através da EE.
Portanto, como qualquer técnica ou método, o treino com uso da EE apresenta um conjunto de vantagens, inconvenientes e contra indicações, sendo assim faz mais sentido ser vista como um complemento, como tantas outras técnicas e/ou estratégias existentes na preparação física e não como um método de treino exclusivo como erradamente é induzido ou sugerido na comunicação social.
MAR